Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social

e Direitos Humanos do Governo do Estado do Rio de Janeiro | Disque Cidadania LGBT: 0800 023 4567

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Deputado Carlos Minc quer derrubar artigo do Código Militar que criminaliza homossexuais

Audiência pública convocada pelo libertário aconteceu ontem (25) na ALERJ com presença de autoridades e sociedade civil

O Código Penal Militar, no artigo 235, trata do crime pederastia ou outro ato de libidinagem, e assim dispõe: Praticar, ou permitir o militar que com ele se pratique ato libidinoso, homossexual ou não, em lugar sujeito à administração militar. É este o artigo que o deputado estadual Carlos Minc (PT/RJ) quer derrubar junto com as autoridades do poder executivo e o Movimento LGBT organizado. O debate voltou à cena após o estudante Douglas Marques ser baleado por um militar ao final da 15ª Parada do Orgulho LGBT-Rio, que ocorreu no dia 14 deste mês.

“Como presidente da Comissão Especial de Combate à Impunidade e Pelo Cumprimento das Leis da ALERJ, repudio completamente este artigo que apenas fomenta a criminalização dos homossexuais. É uma legislação anacrônica e, a meu ver, condescendente com crimes como o que vem ocorrendo no país, especialmente no Rio”, atacou Minc, que além de querer derrubar o artigo, propôs uma jornada de capacitação das Forças Armadas a lidar com o tema.




Estatísticas da homofobia

O superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento participou da audiência e apresentou os dados estatísticos de homofobia no estado do Rio. O também coordenador do programa estadual Rio sem Homofobia enfatizou a subnotificação dos casos e a necessidade de maior divulgação dos serviços do Centro de Referência LGBT, como o Disque Cidadania LGBT (0800 023 4567).

“O Rio de Janeiro é o único estado do país que possui a homofobia como motivo presumido de crime nas delegacias policiais. Isto é um grande avanço para que possamos ter um mapeamento oficial desse tipo de crime no estado. Em um ano de funcionamento, tivemos 776 registros de ocorrência lavrados, em mais de 75 delegacias. É um trabalho conjunto e articulado entre as secretarias de Segurança e Assistência Social e Direitos Humanos”, analisou Nascimento.



Em menos de 4 meses, desde que o Centro de Referência de Promoção da Cidadania LGBT foi inaugurado, o Disque Cidadania LGBT executou 1747 atendimentos, onde mais de 85% das chamadas tinham como objetivo a obtenção de orientações sobre direitos civis desta comunidade. “Reforço que é uma política que tem demanda, força e capilaridade; além de estar dentro de um sistema integrado, onde o atendimento/acolhimento das vítimas dialoga com a apuração e solução dos crimes homofóbicos”, esclarece Cláudio Nascimento.

Para o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Ricardo Henriques este é um ótimo momento para se debater esta pauta. Ele citou o editorial do jornal O GLOBO de ontem (25) que continha um apelo para a provação do PLC 122/06, que criminaliza a homofobia no país. “É um sintoma de reflexão e reposicionamento da sociedade para situações limites de barbárie”, finalizou.

Editorial do Jornal O GLOBO do dia 25/11/2010 sobre homofobia

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Empenho da sociedade civil e governo do Estado do Rio ajudam no caso de Douglas Marques, vítima de homofobia

Em menos de uma semana, a luta de LGBT por um Rio sem homofobia ganhou uma importante vitória: dois militares reconheceram participar do crime com motivação homofóbica contra o estudante Douglas Marques, baleado no dia 15 de novembro no Parque Garota de Ipanema (Arpoador). O caso, investigado pelo delegado Fernando Veloso, da 14ª DP, contou também com outros agentes que contribuíram para a identificação dos autores. A Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos (da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos - SEAS/DH-RJ) prestará apoio jurídico à família da vítima através do Centro de Referência de Promoção à Cidadania LGBT.

O Superintendente - e Presidente do Conselho Estadual LGBT do Rio de Janeiro - Cláudio Nascimento, destaca a importância de um suporte total para que não haja impunidade: “o apoio da família, o comprometimento e o trabalho realizado pela Polícia do Estado, bem como a coragem e a consciência das testemunhas foram importantes fatores para a rápida identificação dos autores deste caso”, comenta Nascimento, que prestou assistência à família da vítima na manhã de quinta-feira (18 de novembro) e acompanhou o jovem ao Hospital Miguel Couto.



Nascimento lembra, ainda, que a coragem em denunciar crimes como esse é um importante passo contra a homofobia e para a conquista de uma sociedade mais igualitária de direitos: “As testemunhas têm seu sigilo e privacidade assegurados. Casos sem prova material dependem de testemunho. Calar-se contribui para que a impunidade vença”.

A Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos (SuperDir) é a responsável pela execução do Programa Rio Sem Homofobia – conjunto de ações estratégicas visando a promoção da diversidade sexual e da cidadania LGBT dentro do Governo e entre a sociedade fluminense. Dentre os serviços oferecidos pela SuperDir, está o Centro de Referência de Promoção da Cidadania LGBT (um na cidade do Rio e outro em Nova Friburgo) - um espaço de acolhimento de vítimas de violência de natureza homofóbica, de orientação sobre direitos civis e de apoio psicológico e jurídico. Quem quiser esclarecer dúvidas, receber orientações ou mesmo denunciar, pode também entrar em contato com a SuperDir pelo serviço Disque Cidadania LGBT (0800 0234567).

Governo do Estado marca presença na 15ª Parada do Orgulho LGBT-Rio


Patrocínio e apoio foram as ações das secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos; Cultura; Saúde e Defesa Civil


A Superintendência de Direitos Individuais Coletivos e Difusos (SuperDir) da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos patrocinou o evento, juntamente com a Petrobras e a Prefeitura do Rio. Foram investidos R$ 354 mil pela SuperDir, no terceiro maior evento da cidade do Rio de Janeiro – dados da RIOTUR. A 15ª Parada do Orgulho LGBT-Rio reuniu mais de 1,2 milhão de participantes e contou com 13 trios elétricos que coloriram a orla de Copacabana.

A SuperDir levou para Copacabana 3 trios elétricos que representavam os três segmentos populacionais que atende no 7º andar do prédio da Central do Brasil: LGBT, religiosos e pessoas vivendo com HIV/Aids e outras doenças. O Secretário Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Ricardo Henriques, discursou na abertura: “Possuímos um Centro de Referência que promove a cidadania LGBT, com apoio jurídico, social e psicológico. Também nos preocupamos em atuar, junto com a Secretaria de Segurança, no combate aos crimes homofóbicos”.

Para o Superintendente de Direitos Individuais Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento, “a Parada tem um significado muito especial pra mim. Há 15 anos, junto com amigos e com o Grupo Arco-Íris, tivemos a ideia de fazer a primeira Parada. Hoje me sinto debutando, é um momento de plena felicidade pra mim”; e continua: “a SuperDir não só apoia com recursos e estrutura, mas também com políticas públicas, como o Rio sem Homofobia. Hoje estamos aqui com 3 trios divulgando nossos serviços. Trabalhamos com uma série de ações para contribuir contra a homofobia e a discriminação”.




Ação Orgulho, Saúde, Cultura e Cidadania

Uma grande ação dentro da 15ª Parada distribuiu 1 milhão de insumos durante todo o dia de domingo (mil doses da vacina para prevenção da hepatite B, mais de 500 mil preservativos - entre eles teen, feminino e extra – e materiais informativos sobre DST/Aids, saúde e cidadania).

Com três tendas (50 m2 cada) espalhadas pela orla, a ação teve apoio da Gerência Estadual de DST/Aids, Sangue e Hemoderivados; da Coordenação Estadual de Hepatites Virais; da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos (Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos); Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde; da Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz) e Petrobras.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ato na Candelária amanhã (10) reúne LGBT, policiais civis, militares e guardas municipais de todo Brasil

Hoje (10), às 16h, a Candelária será palco de mais uma manifestação pelo respeito ao ser humano. Um ato em memória dos LGBT assassinados no Brasil reunirá Guardas Municipais, Policiais Civis e Militares – todos participantes do II Seminário Nacional de Segurança Pública para LGBT, que acontece até o dia 11 de novembro no Hotel Guanabara, no Centro do Rio. Durante o ato, flores serão distribuídas a quem passar pela Candelária e bolas brancas simbolizarão os mais de 2,5 mil homossexuais assassinados no país nos últimos 10 anos, além de enfatizar a importância da Aprovação do PLC 122/06 – Criminalização da Homofobia.

Pela Defesa da Dignidade Humana
Este é o tema do II Seminário de Segurança Pública para LGBT que ocorre na cidade do Rio até a próxima quinta-feira (11). O evento pretende promover um diálogo entre o poder público, especialmente no âmbito da segurança, com a sociedade civil organizada a fim de produzir políticas públicas que promovam a cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.




A abertura do evento ocorreu no último dia 8 de novembro e reuniu cerca de 200 operadores da segurança pública vindos de todo o Brasil, além de autoridades como o Secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, o Secretário de Estado Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, Ricardo Henriques e o Coordenador do Programa Rio Sem Homofobia / Superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, Claudio Nascimento.

O II Seminário de Segurança Pública para LGBT é uma realização da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e conta com o apoio da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do RJ.

“O grau civilizatório de um país se mede a partir do trato da população LGBT”, diz Secretário Nacional de Segurança Pública

Evento que discute segurança para LGBT começou no dia 8 e prossegue até dia 11 no Hotel Guanabara e conta com policiais, autoridades e ativistas de todo o Brasil

“Pela Defesa da Dignidade Humana”. Este é o tema do II Seminário de Segurança Pública para LGBT que ocorre na cidade do Rio até a próxima quinta-feira (11). O objetivo do evento é promover um diálogo entre o poder público, especialmente no âmbito da segurança, com a sociedade civil organizada a fim de produzir políticas públicas que promovam a cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

“Este evento, promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública já pode ser considerado como um marco histórico e deve ser admirado por assumir uma causa impopular, no meio de tanto ranço de direita que vem contaminando a população brasileira. Devemos sempre ter em mente que a democracia antes de ser um regime da maioria, ela é um regime das minorias”, afirma o Secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri.

Para o Secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do RJ, Ricardo Henriques , “é preciso que os estados construam a questão dos direitos humanos como referência de sua pauta. Precisamos conjugar a segurança pública e direitos humanos; selar esta parceria”.



A mesa de abertura contou com a presença de autoridades como o Secretário Municipal de Turismo, Antônio Pedro; o Diretor-adjunto do Departamento de HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa; a Secretária de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Lena Peres; e a Sub-Secretária de Ensino e Programa de Prevenção da Secretaria de Estado de Segurança Pública do RJ, Jéssica Oliveira.

O Superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do RJ, Cláudio Nascimento, que também esteve presente à mesa de abertura entregou o símbolo maior do Movimento LGBT – a bandeira do arco-íris – nas mãos do Secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri. “É uma honra para o Rio receber, pelo segundo ano consecutivo, o Seminário de Segurança Pública para LGBT. O evento confirma que a conjugação política-LGBT-polícia é possível!”, salienta Nascimento.

A solenidade de abertura contou com a participação da travesti Ângela Leclery, interpretando o Hino Nacional e da Big Band 190 da Polícia Militar do RJ. Alguns operadores de segurança (guardas municipais, policiais civis e militares) assumiram publicamente (incluindo as corporações) sua homossexualidade. Até o dia 11 serão realizadas mais palestras, mesas e grupos de trabalho sempre cruzando as bases do tripé política-LGBT-polícia, citado pelo Superintendente Cláudio Nascimento.

O II Seminário de Segurança Pública para LGBT é uma realização da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e conta com o apoio da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do RJ.

Travesti não é bagunça!

Luana Muniz e convidadas estrelam espetáculo “Esquinas” e apresentam um pouco do brilho noturno das donas das encruzilhadas cariocas

Orla de Ipanema. Casa de Cultura Laura Alvim. A travesti Luana Muniz leva ao palco do renomado teatro um pouco da vida da Lapa. Sem hipocrisia e vitimismos baratos, a mais nova Madame Satã da boemia carioca demonstra em cena as dores e as delícias de ser uma travesti. “Esquinas”, além de ser uma resposta à leitura do programa Profissão Repórter de demonização das travestis, deve ser encarado como a materialização da multiplicidade da arte no palco, da vida na arte e vice-versa.

E é assim a primeira cena: a diva Lorna Washington encarnando a cena de Luana Muniz com seu bêbado “global” e o famoso tapa na cara dele seguido do bordão “Tá pensando que travesti é bagunça?”. Neste momento o palco escurece e Luana surge por detrás do público vestida com roupa de santo e, em punho, um genuíno adjarin (sineta de metal, utilizada por candomblecistas e umbandistas para evocar entidades).



As batidas fortes dos atabaques rufam ao ponto de “O sino da igrejinha faz blem, blem, blom. Deu meia noite o galo já cantou...” Luana sobe ao palco e reina em meio a algumas representações de exus, como pombogira, malandro, tranca-rua etc. Ela dança com todos. Ela é de todos. Fica nítido, com os Arcos da Lapa compondo o cenário, que ela, Luana, e seus exus são definitivamente os donos da esquinas.

“A concepção do espetáculo é mostrar uma outra travesti. É confrontar esta perspectiva difundida de que a travestilidade tem que estar necessariamente ligada à prostituição e nada mais. Além do meio fio, elas possuem vida e produzem arte”, explica o coordenador-geral do projeto Autorretrato Laura Di Vison do qual “Esquinas” faz parte, Almir França.

Desaquendar a gira

Lorna Washington entra em cena com a missão, como ela mesmo diz, de “desaquendar a gira” pesada que Luana deixou pelos palcos e em um número pra lá de divertido faz a limpeza do palco ao som de “Sai de mim encosto, sai, sai, sai, que vc só vive pra me perturbar...”, de Bezerra da Silva.

“Nosso maior cartão postal, o Cristo Redentor está sempre de braços abertos para os cariocas, sem ligar se é branco, preto, gay, lésbica ou travesti. O Rio é a esquina do mundo”, orgulha-se Lorna.

Outros números, novas surpresas

De fato. A arte das travestis brilhava no palco como todos os Swarovski utilizados em seus figurinos. Dublagens foram realizadas de forma impecável, como a de Anita Baker, por Luana Muniz; Whitney Houston, por Alexia Brasil e Débora Cox, por Angel. Paula Braga e Yone Karr apostaram em relíquias nacionais, como Nação, de João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio; e É d’Oxum, de Gerônimo e Vevé Calasans.

A 15ª Parada do Orgulho LGBT, que acontece dia 14 de novembro, é patrocinada pelo Governo do Estado do RJ, através da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos e Petrobrás. Também conta com o apoio da Secretaria Estadual de Cultura e de Saúde e Defesa Civil; além das Secretarias Municipais de Turismos (Riotur), Cultura e Saúde e Defesa Civil; e da Locanty.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cercada de amigos e amigas, Lorna Washington estrela a 2ª noite do Projeto Autorretrato Laura Di Vison

Show Dama da Noite aconteceu na quarta (3/11) na Casa de Cultura Laura Alvim

Uma noite de festa, diversão e celebração da amizade. Esse foi o tom do segundo show do projeto Autorretrato Laura Di Vison – Dama da Noite, que reuniu no palco da Casa de Cultura Laura Alvim as artistas Rose Bombom, Nepopô, Rosa New York, Desiree, Kimily Hanner e as doors Isabelita dos Patins (em participação especial), Carla Coqueiro, Luiza Moon e Núbia Pinheiro, todas para homenagear uma das maiores transformistas da noite carioca: Lorna Washington.

“Estar aqui hoje, para mim, é um reconhecimento ao trabalho que venho fazendo em todos esses anos. Tudo o que faço é com total entrega – nem penso na repercussão, só quero fazer o melhor. Me sinto contente e realizada em poder mostrar minha arte para mais e mais pessoas”, disse Lorna. Rose Bombom, amiga de longa data, resumiu sua participação no show: “sou fã de Lorna. É uma honra dividir o palco com ela”.



Outra amiga, Isabelita começou dizendo que “a melhor maneira de explicar a minha presença nesta homenagem é cantando os versos da canção Se todos fossem iguais a você. Estou aqui de coração e alma, pois Lorna é um exemplo de solidariedade e integridade. Ela é tudo de bom!”, brincou Isabelita.



Dama da Noite mostrou o camarim de um teatro onde Lorna revisitava sua trajetória artística através de números e canções. Rose Bombom era a divertida camareira, sempre pronta para ajudar e, claro, fazer suas gags. Nepopô, Rosa New York, Desiree e Kimily Hanner trouxeram brilho para o espetáculo com suas belíssimas performances. O público pode também conferir Lorna interpretando textos de poetas como Clarice Lispector, Cecília Meirelles e Castro Alves.

Hoje (4/11) é a vez de Luana Muniz e convidadas estrelarem “Esquinas” na Casa de Cultura Laura Alvim, a partir das 20h em Ipanema. Amanhã, Suzy Brazil e Rose Bombom reapresentam “Ao Sair Deixe Suas Lágrimas”, no mesmo local e horário. Não percam!

A 15ª Parada do Orgulho LGBT é patrocinada pelo Governo do Estado do RJ, através da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos e Petrobrás. Também conta com o apoio da Secretaria Estadual de Cultura e de Saúde e Defesa Civil; além das Secretarias Municipais de Turismos (Riotur), Cultura e Saúde e Defesa Civil e Locanty.

Humor rasgado marca 1º dia do Projeto Autorretrato Laura Di Vison

Rose Bombom e Suzy Brazil estrelam espetáculo Ao Sair Deixe Suas Lágrimas com a Sala Baden Powell lotada, ontem (27/10)

Gargalhadas sonoras poderiam ser ouvidas no primeiro andar da Sala Baden Powell, em Copacabana. Eram as talentosíssimas Suzy Brazil e Rose Bombom arrancando risadas da plateia com sua comédia hilária e provocante. As drags sempre recorriam à atualidade para colocar um pouco de acidez nas afiadas piadas, como o divertido tesão pelo Capitão Nascimento, de Tropa de Elite; a campanha de Dilma Rousseff (presidenciável) e as peripécias das personagens Beth Gouveia, Chiara e Totó, de Passione.

A caricatura deu o tom do espetáculo. “Esse menino batia recorde de meinha quando brincava de pique-esconde com os coleguinhas”, disparava Suzy em uma cena. Em outra, a drag soltava: “Me senti tão constrangida porque todo mundo que passava me dava uma dedada; parecia uma lata aberta de leite condensado”. E os expectadores iam ao delírio...



Outras esquetes foram apresentadas. Uma mais engraçada do que a outra. Rose Bombom encarna uma apresentadora de programa culinário: “Sou a Tia Rose e estou aqui para dar dicas para quem mora em kitnet que não cabe nem um microondas”. O programa se chamava Come-come com a Tia Rose, onde a drag ensinava a preparar um sanduíche natural e tropical com meio pote de pimenta virado, praticamente, junto com o Guaraná Jesus.

Terceira idade presente
Senhoras. Muitas senhoras ocuparam boa parte das poltronas da Sala Baden Powell. Os números de interpretação, como o de Paula Braga dublando Maria Bethânia, com a seu Reconvexo e o de Rose Bombom e Karina Karão no hilariante Ensaboa, de Marisa Monte, levaram boas lembranças para as idosas e toda a plateia. Foi uma boa e divertida noite de quarta-feira.

A 15ª Parada do Orgulho LGBT é patrocinada pelo Governo do Estado do RJ, através da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos e Petrobrás. Também conta com o apoio da Secretaria Estadual de Cultura e de Saúde e Defesa Civil; além das Secretarias Municipais de Turismos (Riotur), Cultura e Saúde e Defesa Civil.

Show de drags abre com chave de ouro a programação da 15ª Parada do Orgulho LGBT-Rio

Teatro Carlos Gomes é palco de uma série de números de grandes artistas da cena LGBT

Com casa lotada e a presença da Secretária Municipal de Cultura, Ana Luisa Lima, o Grupo Arco-Íris deu início a extensa programação que fará parte da 15ª Parada do Orgulho LGBT-Rio. O show contou com renomadas drag queens da noite carioca e levou a plateia ao delírio com interpretações, performances e humor. O Superintendente de Direitos Individuais Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento também esteve presente ao evento.

“Muito me orgulha ver o Grupo Arco-Íris, depois de 16 anos de ativismo e há 15 realizando o terceiro maior evento desta Cidade Maravilhosa: a Parada LGBT, com tanto dinamismo e fluidez. A Parada acaba de debutar e segue para sua maioridade, mais madura e fortalecida no sentido de comunidade. É importante que a gente se perceba além de nós mesmos e que façamos uma grande rede de combate à homofobia no estado do RJ e no Brasil”, orgulha-se o Superintendente Cláudio Nascimento logo no início do espetáculo.



O presidente do Grupo Arco-Íris, Julio Moreira, lembrou ao público de que a cada 2 dias, um homossexual é assassinado em virtude de sua orientação sexual; além da negação de 78 direitos aos homossexuais que os casais héteros possuem. “Temos sempre que ter em mente que a Parada não é uma micareta e sim uma forma de se fazer política alegre e colorida, sem perder o tom de reivindicação de direitos civis. Com a chegada do 2º turno, temos que ter consciência de nosso voto”, ressalta.

Papo de camarim
Com 30 anos de carreira e com um currículo internacional de dar inveja, é a primeira vez que a travesti Luana Muniz pisa no palco do Teatro Carlos Gomes e se diz não reconhecida pelo que faz. “Por ser uma profissional do sexo, sempre fui boicotada pelas demais”. Perguntada de como enxergava a participação de uma única travesti no meio de drag queens, ela não titubeia: ”Aqui sou uma artista; não tenho sexo ou sexualidade”.

Interpretar a obra-prima “O bêbado e a equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc na voz de Elis Regina não é para qualquer uma. E é Paula Braga que interpreta numa linda performance de Charles Chaplin que tem seu cume numa transformação em Clara Nunes, em cena. “É importante mostrarmos que fazemos algo além do oba-oba. As pessoas não conhecem o que a gente faz; nosso trabalho; nossa arte. É uma grande oportunidade!”, finaliza a drag enquanto se maquia no camarim.



Prevenção
Mais de 500 kits de prevenção de HIV/Aids e outras DSTs foram distribuídos na entrada do Teatro Carlos Gomes. Os kits continham 4 camisinhas; 1 gel lubrificante à base d’água; 1 livreto com explicações sobre as hepatites B e C; 1 porta-camisinha com instruções de uso; e 1 flyer orientando sobre o teste de HIV. “No ano passado distribuímos 750 mil preservativos em toda a programação da Parada. Este ano, já conseguimos 350 mil, porém nossa meta é distribuir 1 milhão de camisinhas e bater o recorde de maior ação de prevenção de HIV/Aids”, entusiasma-se o médico infectologista e coordenador da ação de prevenção da Parada, Dr. Jorge Eurico.

Lésbicas e mulheres bissexuais também tiveram sua vez. A coordenadora do projeto “Laços e Acasos: Mulheres, Desejos e Saúde”, do Grupo Arco-Íris, Marcelle Esteves revela que 500 “sainhas” – protetor para sexo oral entre mulheres –, com instruções de uso, foram distribuídas para os presentes. “O material é feito de látex e é 0,05 mm mais fino do que a camisinha masculina. Pode ser utilizado por qualquer público, porém foi fabricado para atender esta necessidade de lésbicas e mulheres bissexuais, uma vez que não existe, ou melhor, não existia material específico para este público”, explica a também assistente social.

A 15ª Parada do Orgulho LGBT é patrocinada pelo Governo do Estado do RJ, através da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos e Petrobrás. Também conta com o apoio da Secretaria Estadual de Cultura e de Saúde e Defesa Civil; além das Secretarias Municipais de Turismos (Riotur), Cultura e Saúde e Defesa Civil.