Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social

e Direitos Humanos do Governo do Estado do Rio de Janeiro | Disque Cidadania LGBT: 0800 023 4567

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

UNESCO ESCOLHE RIO PARA CONSULTA SOBRE BULLYING HOMOFÓBICO NAS ESCOLAS

Durante quatro dias, especialistas e gestores públicos de 25 países se reúnem na cidade



Pela primeira vez no Brasil, a UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, lançou a consulta internacional das Nações Unidas para lidar com o bullying contra alunos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) nas escolas e universidades. Na cerimônia de abertura, que aconteceu na manhã de hoje (6), no Hotel Golden Tulip, em Copacabana, a necessidade do combate a este tipo de violência norteou os discursos para representantes de 25 países, de todos os continentes.

Para Mark Richmond, diretor da Diversidade de Educação para a Paz da sede da UNESCO, “devemos trabalhar o bullying homofóbico nas escolas por que jovens em todo o mundo são afetados por essa violência, e isso infringe os direitos desses jovens a uma educação de qualidade. O bullying homofóbico influencia no desempenho dos alunos, bem como, aumenta a taxa de evasão escolar”.




O encontro tem a intenção de explorar a melhor maneira de apoiar alunos e professores LGBT, prevenir e combater ao bullying e a discriminação homofóbica e transfóbica nas escolas, e assegurar ambientes de aprendizagem LGBT seguro. Essa iniciativa avalia programas e políticas existentes em todo o mundo a fim de compartilhar as melhores práticas e construir estratégias para enfrentamento a homofobia nas escolas.


O superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento Silva, que na ocasião estava representando o governador Sérgio Cabral, destacou a importância do Rio sediar o evento e colocou o Estado a disposição para implementar o projeto piloto com as recomendações indicadas pelo encontro, “É uma honra para o Rio sediar esse encontro e vamos implementar as recomendações desta consulta global da UNESCO na busca do combate ao bullying homofóbico”. Ele ainda ressaltou que o estado é pioneiro nessa temática e agora vai incluir os estudantes no combate à homofobia.


A partir de estudos de Discriminação em razão da Orientação Sexual e da Identidade de Gênero na Europa, do Conselho da Europa, como resultados do estigma e da discriminação na escola, jovens submetidos ao assédio homofóbico são mais propensos a abandonar os estudos. Também são mais predispostos a contemplar a automutilação, cometer suicídio e se engajar em atividades ou comportamentos que apresentam risco à saúde.


O diretor do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (UNAIDS), Pedro Chequer, ressalta a necessidade de implantação dessa política nas escolas do Brasil, “a consulta sobre homofobia nas escolas, que se inicia hoje no Rio, representa o importante passo para a definição de conceitos, agenda e combate à homolesbotransfobia no ambiente escolar, feliz escolha ter sido o Rio de Janeiro o local desse encontro tendo em vista o papel que o Governo do Estado do Rio de Janeiro cumpre na implementação de ações contra a homofobia”.


Para a chefe de gabinete da Secretaria de Direitos Humanos, Ivanilda Dida Figueiredo, que no evento representou a ministra Maria do Rosário "os governos e a sociedade devem enfrentar a homofobia em todas as esferas, especialmente nas escolas, através de ações conjuntas e focadas.

A Coordenadora de Inclusão Educacional da Secretaria de Estado de Educação do Rio, afirmou que "uma das prioridades da educação é fazer da escola um lugar de igualdade, respeitando as diferenças. Por isso, a importância da implementação de políticas públicas para a promoção de práticas educativas e metodologias pedagógicas de combate à homofobia em nossas unidades escolares".


Já o representante da sociedade civil destacou que a consulta é uma oportunidade importantíssima para a troca de experiências e também levantaram alguns desafios: Com o recrudescimento da homofobia no Brasil, por meio do fundamentalismo religioso, é fundamental traçarmos estratégias internacionais para compartilhar experiências e ações para enfrentamento da homofobia no ambiente escolar, destacou Toni Reis, presidente da ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

A consulta acontece até o dia 9 de dezembro. No dia 8, alguns espaços previamente selecionados serão visitados pelo grupo. Entre eles, pela Secretaria de Estado de Educação, o Colégio Estadual Julia Kubistchek, pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, o Centro de Referência da Cidadania LGBT da Capital e Disque Cidadania LGBT, e pela sociedade civil, o Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

1º de dezembro - Dia Mundial de Luta contra a AIDS



Transportes e Assistencia Social unem esforços contra a discriminação de pessoas com Aids

Motoristas, trocadores e fiscais serão capacitados visando o combate à discriminação por HIV/AIDS; será produzida campanha educativa para usuários e profissionais de transportes coletivos e soropositivos poderão aumentar o número de vales-sociais (passagens) em seus deslocamentos pelo estado.


Neste 1º de dezembro – Dia Mundial de Luta Contra a AIDS – as Secretarias de Estado de Transportes e de Assistência Social e Direitos Humanos, através da Superintendência de Direitos Individuais Coletivos e Difusos, formaram um Grupo de Trabalho, juntamente com a lideranças do movimento de luta contra a AIDS, para discutirem políticas públicas de enfrentamento da discriminação às pessoas com AIDS e a LGBT. A reunião que aconteceu no 7º da Central do Brasil, contou com o secretário de Transportes, Julio Lopes; o superintendente, Cláudio Nascimento e representantes de ONGs de HIV/AIDS.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro analisará medidas que auxiliarão a vida de milhares de fluminenses que vivem com HIV/AIDS. Hoje, soropositivos têm o direito de 10 vales-sociais para seus deslocamentos no estado para o tratamento de saúde; no entanto, a parceria entre as Secretarias de Transportes e Assistência Social e Direitos Humanos, através da Superintendência de Direitos Individuais Coletivos e Difusos, poderá aumentar a quantidade de vales, a partir de cada caso.




"O combate à homofobia, ao preconceito contra as pessoas com Aids e a quaisquer formas de discriminação são políticas de Estado sérias, implementadas pelo Governador Sérgio Cabral. Utilizaremos a expertise de profissionais que trabalham nesta área para aperfeiçoar os serviços que já disponibilizamos no setor de transportes", destacou o secretário estadual de Transportes, Julio Lopes.


Já para o coordenador do Grupo de Trabalho em HIV-Aids e Direitos Humanos da SEASDH, Cláudio Nascimento “as pessoas com Aids ainda sofrem muito preconceito e discriminação. Recebemos aqui na superintendência muitas denúncias de usuários de transportes coletivos. A capacitação de todos os profissionais envolvidos será fundamental para enfrentarmos este estigma. Por outro lado, é importante denúnciar o preconceito sofrido aos órgãos competentes, por isso disponibilizamos um telefone para denùncias ( 21-2334-9554). O aumento da quantidade de passagens para as pessoas com Aids, depois de estudo a ser feito pelo grupo de trabalho criado, será importante para garantir uma maior adesão destas ao tratamento. Esta é uma demanda destes usuários que argumentam que os vales são insuficientes para que eles deem prosseguimento ao tratamento.”, finalizou.