Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social

e Direitos Humanos do Governo do Estado do Rio de Janeiro | Disque Cidadania LGBT: 0800 023 4567

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Governo do Rio acompanha caso de homofobia em Volta Redonda

Jovem de 15 anos é morto com requintes de crueldade e seu corpo jogado ao rio. Após participação do Programa Rio Sem Homofobia, investigações são otimizadas.

O superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento e o coordenador do Centro de Referência da Cidadania LGBT da capital, Almir França estiveram hoje (2) na cidade de Volta Redonda para acompanhar de perto e auxiliar nas investigações do assassinato do menino Lucas Ribeiro Pimentel no dia 25 de junho. Com a aproximação de familiares e amigos, Nascimento e França conseguiram persuadir cinco testemunhas a depor e, assim, ajudar o delegado da 93ª DP (Volta Redonda), Antônio Furtado, a complementar o inquérito já instaurado.

A partir de conversas com tios, primos e irmãos da vítima, os representantes do Programa Rio Sem Homofobia e o delegado Antônio Furtado puderam recapitular os últimos passos de Lucas, que foi empalado e teve seus olhos perfurados e crânio afundado. Imagens do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública já foram solicitadas pela delegacia da região. Mais cinco pessoas foram intimadas a depor.

“Nossa primeira preocupação foi acolher a família de Lucas. É um crime bárbaro e uma palavra de conforto nesta hora é de suma importância. Neste momento, estamos auxiliando nas investigações e conscientizando da importância de se denunciar crimes como esse. Acompanharemos de perto para que mais esta homofobia trágica não fique impune!”, afirma o também coordenador do Programa Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.

Cláudio Nascimento e Almir França também tiveram um encontro com o vice-presidente do Conselho Municipal da Juventude de Volta Redonda, Adilson Paulo de Oliveira e o representante do Movimento LGBT do Sul Fluminense, Andrei Lara, que ajudaram na obtenção de mais informações do caso.

Novo recorde: 50 casais LGBT selam suas uniões estáveis homoafetivas no Tribunal de Justiça do Rio

Por Renata Sequeira

Cerimônia foi organizada pela SuperDir/SEASDH, em parceria com o Tribunal de Justiça e a Defensoria Pública do Estado

Bater o próprio recorde. É assim que ficará marcado a segunda cerimônia coletiva de uniões estáveis homoafetivas organizada pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, por meio da superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos. Ano passado, 43 casais formalizaram a sua união estável e neste domingo, dia 1º, cinqüenta casais LGBT oficializaram sua união, em evento inédito no Tribunal de Justiça, em parceria com a Defensoria Pública do Estado. O evento aconteceu no Auditório Antonio Carlos Amorim (TJ-RJ) e foi conduzida pela desembargadora Cristina Gáulia.

"O Estado está cumprindo o seu papel de garantir o acesso aos direitos da população fluminense e nesse evento em especial, da população LGBT, que ainda é excluída e muito discriminada. Essa cerimônia representa a valorização e o reconhecimento dos direitos LGBT. O casamento homossexual não difere em nada do heterosexual, porque é uma comunhão de afeto e respeito", destacou o superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos e coordenador do Programa Estadual Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.


Cláudio Nascimento e seu companheiro há 12 anos, o assistente social João Silva, foram um dos casais que oficializaram a união como pacto de convivência homoafetiva em cerimônia que aconteceu em junho do ano passado, na sede da SEASDH.

O casal Vanessa Alves, que já usa o nome social e aguarda na fila para a mudança de sexo, e José Barbosa Galvão, estão juntos há vinte anos.

"Nós esperamos muito tempo por esse momento e hoje eu estou mais tranquilo porque é a estabilidade que queria deixar para ela e agora eu posso. Já sofri com muitas brincadeiras, mas nós dois sempre nos impomos. Acredito que esse tipo de evento é fundamental para diminuir o preconceito", disse o morador de Nova Iguaçu e pai de um adolescente de 19 anos que ele e Vanessa criam desde um ano de idade.

Dos 50 casais, 40 já vão entrar na Justiça para a conversão da união estável em casamento civil. O evento celebrou ainda o Dia Mundial do Orgulho LGBT, 28 de junho, e também comemora a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou, há um ano, a união estável de pessoas do mesmo sexo.