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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ESTADO TERÁ CENTRO DE REFERÊNCIA E PLANO ESTADUAL DE ENFRENTAMENTO À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Anúncio foi feito durante instalação de Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Intolerância e Discriminação Religiosa e Promoção dos Direitos Humanos

Emoção. Foi o sentimento que tomou todos os 300 participantes da instalação do Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Intolerância e Discriminação Religiosa e Promoção dos Direitos Humanos, na tarde de ontem (02), na Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos. O evento contou com a participação de 16 segmentos religiosos, que tomaram posse junto com os outros 16 representantes do poder público, OAB, do Conselho Regional de Serviço Social, de organizações de Direitos Humanos e outros membros convidados.


O superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos e coordenador do Grupo de Trabalho, Cláudio Nascimento, ressaltou a importância da criação do GT e seus desafios. “Não será um trabalho fácil, porque a gente está lidando com a diversidade, com a diferença, mas a diferença como exercício da construção de uma singularidade, da construção de uma agenda pública, da construção de uma civilização cada vez mais humana e capaz de reconhecer a singularidade de cada um e não ver a diversidade como motivo de geração de conflito e sim como possibilidade de aprofundamento das riquezas do nosso país”, destacou Cláudio Nascimento.

O secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, anunciou a implantação de um Centro de Referência de Enfrentamento à Intolerância e Discriminação Religiosa até o fim do primeiro semestre de 2012. A iniciativa foi divulgada durante cerimônia. “Nós sabemos que, infelizmente ainda persistem no meio de nós manifestações inaceitáveis de intolerância, mas o compromisso do Governo do Estado do Rio de Janeiro é apurar, investigar e sobretudo defender, em cada um dos 92 municípios, que a liberdade de culto e a diversidade religiosa seja respeitada”, afirmou o secretário Rodrigo Neves.

O Grupo de Trabalho tem como meta o desenvolvimento do Plano Estadual de Enfrentamento da Intolerância e Discriminação Religiosa para a Promoção dos Direitos Humanos. Entre os segmentos participantes, compareceram religiosos do Candomblé, Umbanda, Neopentecostal, Católico, Islâmico, Cigano, Indígenas, Bahá’í, Maçom, Kardecista, Hare Krishna, Católico Ortodoxo, Judaico, Messiânico, Budista e Protestante.

A coordenadora Geral de Diversidade Religiosa da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Marga Janete Stroher, destacou o ineditismo da medida adotado pelo Rio de Janeiro em prol do combate à intolerância religiosa. “O Rio está fazendo uma caminhada de um protagonismo muito interessante no país. As religiões tem feito uma caminhada de diálogo religioso, de ecumenismo, mas nós não temos grandes experiências das religiões se unirem para ações de políticas públicas”, destacou Marga.


A chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha colocou os agentes à disposição “essa é uma grande missão de todo Estado, a Polícia Civil está à disposição da sociedade para combater a intolerância religiosa. É um momento muito importante para a paz no Rio, as pessoas que integram esse grupo de trabalho dão exemplo e nos ensina a amar e respeitar o próximo”, afirmou a delegada.

O defensor Público Geral do Estado, Nilson Bruno destacou a importância do respeito a diversidade religiosa “podemos praticar a nossa crença sem desrespeitar o outro, não somos obrigados a ter uma religião ou crença, mas somos obrigados por lei a respeitar o próximo”, concluiu Nilson Bruno.

A presidente do Instituto de Desenvolvimento Cultural, Mãe Beata de Iemenjá, que representou os movimentos religiosos, destacou os avanços da religiosidade atualmente, “hoje temos o direitos de falar, nossos antepassados não podiam discutir essas questões e eu estou aqui falando para os minhas irmãs e irmãos de todos os credos, nós temos o direitos de profetizar a nossa fé e queremos respeito. A fé não se compra, não se vende, não se impõe, ela está dentro dos nossos corações e temos que segui sem desrespeitar o outro”, finalizou Mãe Beata.


Esteve na mesa de abertura da solenidade o subsecretário de Tratamento Penitenciário da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, Moisés Julio Bormac. O evento contou ainda com a participação de representantes das secretarias de Estado de Segurança e da Casa Civil e órgãos de classe.

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